26
de março
11: 34
Depois de horas no carro,
finalmente chegamos, mamãe não se deu bem de primeira com aquela imensidão de
carros em rodovias grandes e rodeadas por prédios, eu estava na cidade grande.
Seguimos o caminhão da mudança até nossa nova casa, na verdade prédio. Era bem
alto, e bem na esquina, e uma bela rua, cheia de árvores e casa que eu achei
muito chiques. Edifício Romênia, número 1407, tinhas duas árvores na sua
frente sem flores. Ficamos encostados no carro enquanto mamãe acertava tudo com
os caras lá da mudança.
Gean ficou olhando o lugar, mostrou a direção
a se seguir pra sua casa, esquerda subindo até uma avenida chamada 13 de maio.
Disse que o ônibus a se pegar seria o 29, chamado náutico, interessante, fingi
entender tudo. Mamãe voltou, tia Sarah tentava tirar sua enorme mala do pequeno
porta-malas, pena ela não ter ficado mais tempo com o outro, carro alugado é assim
mesmo né?!
- Gostei da árvore! - disse
tia Sarah.
- Eu também!
- Rosa tá no auge.
- Hehehe.
O porteiro, chamado Pedro e o sindico, Seu
Antônio, nos guiaram até o elevador, Seu Pedro ajudou os homens da mudança,
Gean também coordenou, eu e tia Sarah preferimos falar sobre o corpo perfeito
de um dos caras da mudança e do tamanho perfeito do braço, coxa, bunda e lábios
do Gean. Havia dois elevadores na sala de vidro, pela janela se via a piscina e
algo parecido com um grande banheiro, a sala cheia de revistas jogadas
organizadamente sobre os três sofás beges, era ventilada, o frio ajudava claro.
A cidade era mais quente, Fortaleza era bem
diferente de Guaramiranga, que obvio, principalmente pelo clima, como dois
lugares tão “perto” podem ser tão distintos, enfim, o frio e as chuvas de Guará
pareciam desaparecer atrás das imensidões de concreto e a poluição exacerbada.
Saímos do elevador, um corredor branco, com plantas e janelas que se podiam ver
todos os lados, tudo que havia em volta do Romênia. Entramos no apartamento,
era uma caixa de fósforos no lado da chácara, mas, era grande, já havia alguns
móveis, mas, eles desapareceram debaixo das caixas, em algum tempo toda a casa
havia sumido, tudo estava desorganizado, parecia que seria pra sempre.
- Vamos começar rapazes.
Aos poucos tudo deu certo, claro que naquele
dia nem tudo foi pro seu lagar, mas demos uma boa adiantada, no fim da tarde
mamãe pediu uma pizza, Gean ficou lá naquela noite, podemos conversar sobre
essa nova fase no meu “quarto” bagunçado em cima do colchão:
- Eu conheço uma amiga que
trata esse tipo de doença da sua mãe.
- Ela já tem um médico, o
doutor Óto, ele já é nosso médico desde... Sempre, ele foi o médico do vovô, e
foi meu médico quando eu tive poliomielite, acho que mamãe não queria deixá-lo
agora.
- Com certeza, mas, ele pode
não atender esse tipo de problema.
- Relaxa, ele faz isso sim, eles
já conversaram e o plano de saúde cobre isso.
- Que bom.
- Você tá sujo de mostarda no
seu lindo furinho do queixo.
- Hummmm... Tira ai bebê. – me
inclinei e passei o dedo. Ele me beijou.
- Eu gosto tanto de você seu
idiota.
- Olha, eu não sou idiota.
- Você é.
- Por que Sr. Hael?
- Porque você sai daqui, um
lugar cheio de gente bonita, sexy, sei lá o quê mais... Foi pra uma cidade
pequena passear, milhares de meninas deram em cima de você.
- Eu estava com você...
- É. Mas, porque eu?
- Hummmm...
- Porque você me escolheu?
- Primeiro talvez aqui não
tenha tanta gente interessante como você, você é bonito sim, gosto do seu
corpo, sua boca é linda, você tem um bom papo, é seguro, pelo menos às vezes,
tá passando por uma fase ruim, normal, logo passa, mas você faz isso de um
jeito que é lindo, é lindo ver você viver Bob Hael, eu queria ser assim como
você sabe. Na sua idade eu era um idiota, era apaixonado por uma garota
medíocre, que só pensava em grana, eu também era assim, só queria gastar a
riqueza do meu pai, eu sou filho único, tudo sempre foi meu, eu só não soube
usar aquilo de uma forma melhor, meus pais continuam ricos, eu não falo com meu
pai há três anos, minha mãe trai ele com o massagista, me dá uma boa mesada até
hoje, e nem sei se isso é viver. Bob eu sempre quis viver de boa, ser feliz, feliz
mesmo. A chácara é o lugar perfeito, você soube usá-la perfeitamente, lá era
seguro aqui não, você vai aprender que aqui nem tudo é como a gente quer. Eu
tive que fazer escolha que eu nem queria...
- Tipo eu?
- Não, você talvez foi a minha
melhor escolha.
- Valeu...
- Eu posso tá perdendo muito
coisa, mas eu n ao me importo, pelo menos enquanto você tiver comigo eu vou
estar bem...
- Eu não pretendo deixar...
- Mas você vai... – Gean nunca
havia me olhado daquele, um olhar serio aquilo me assustou.
- O que tão horrível você
esconde?
- Hehe...
- Isso não foi uma resposta.
- Eu quero você. É por isso
que eu te escolhi. Vamos descer? – disse pegando no meu cabelo e beijando minha
testa.
- Pra onde?
- Quando eu era adolescente eu
ficava com as garotas na piscina do prédio.
- Eu não precisava ouvir isso.
Ele riu, saímos do quarto, mamãe estava no
quarto rindo sobre algum acontecimento ridiculamente engraçado de tia Sarah com
algum gringo. Mamãe me ouviueu abrir a porta:
- Vão pra onde queridos? – ela
estava pela voz nitidamente bêbada pelo vinho caro que Sarah trouxe de
Portugal.
- Vamos à piscina voltamos já.
- Ok.
Esperamos o elevador, vi que na casa vizinha a
porta estava meio aberta, aliás, um dos quartos da casa era de frente pro meu,
mas não vi ninguém. Achei até que não havia moradores, mas acho que tem sim.
Chegou. Pude beijar Gean no elevador. Chegamos ao térreo, fomos em direção a
piscina o porteiro nos olhava:
- Como é o nome dele mesmo? –
perguntou G baixinho.
- Pedro eu acho.
- O Pedro viu a gente se
beijar sabia?!
- Como?- tenso.
- O elevador tinha câmeras.
- Meu Deus! Tu não me disseste
nada seu louco. A mamãe vai me matar.
- No prédio o porteiro sai
cinco horas dia de sexta.
No fim acabamos rindo disso chegamos à piscina
o lugar era lindo, o chão vermelho, as cadeiras, pinturas na murada, uma
portinha, a piscina devias ser duas vezes maior que a da chácara. Deitamo-nos
na ultimas cadeiras lugar bem escondido e escuro, uma menina chegou falava no
celular, gritava, aliás, “Seu louco”, ela era extremamente linda e adorável, l
“Eu vou te matar Victor”,” Vá pra merda você, seu idiota”, “ Você bebeu?”, tentei não ouvir mais a conversa, Gean tentava
meu beijar, mas eu estava extremamente envergonhado, ele nem nos via. Um cara
chegou, alto, meio loiro, cara de sério, parecia chateado, mas... Ele era o
cara mais lindo do mundo, Gean infelizmente havia perdido seu posto naquele
momento, o cara era arrasador, tinha um corpo perfeito, braços fortes,
apertadinhos numa gola pólo pretos. Fiquei paralisado. Gean percebeu minha face
boba, eu não tirava os olhos dele e da discussão no deque:
- Victor você tava onde?
- Não interessa.
- Você é louco cara, seu
idiota, sabia que todos estavam preocupados, aquela chata da Jéssica ligou uma
12 vezes na ultima hora, eu to de saco cheio disso, sua mãe já sabe disso. Seu
pai tá dormindo, sai de lá a pouco, pobrezinho. Cê devia ajudar e não piorar as
coisas.
- Desculpa tá?! Julianne não
me enche viu.
- Eu to cheia.
- Sua mãe já disse que não vai
mais pagar a faculdade particular. Acabou moleque, ou você estuda ou você...
Sei lá o que será você.
- Caralhooooo.
- Eu quis te ajudar, mas a
suas companhias né. Reforçam minhas teses.
- Você tá louca. – o cara, Victor
saiu, foi pra sala, esperar o elevador, a menina ficou lá, sem ação, calada,
triste.
- Vai tomar banho que você tá
com cheiro de vodka.
Gean me olhou:
- Bem vindo a Fortaleza. – ele
é muito fofo. Dei um risinho.
A menina se virou e nos viu meio envergonhada
ela falou:
- Gente desculpa.
- Sem problemas. – Gean falou.
Ela se aproximou:
- Ele é um bom garoto, mas...
Mudou tanto.
- Normal, é a idade.
- Vocês são namorados?
- Hurrun...
- Que lindo. Vocês são meu
primeiro casal gay preferido. – ela
era cativante, viva. – Eu sou a Ju.
- Eu sou o Gean.
- Bob.
- Vocês moram aqui? Tipo
casados? Cê é tão novo B! Nada contra, minha mãe me teve com 18 anos e minha
irmã transa desde os 13 anos, ela é meio safada, mas eu sou meio normal. – não
ela normal, definitivamente não, Ju falou tudo isso em uns 15 segundos, eu me
perdi na segunda pergunta.
- Não. – Gean quase rindo. –
Ele mora, eu não.
- Novo aqui né?
- Cheguei hoje. Vim de
Guaramiranga. – eu falei.
- Que massa. Você também Gean?
Tenho a impressão de já ter te visto.
- Eu moro aqui mesmo. Pode
ser. Às vezes eu saio no jornal com meu pai e minha mãe. – Vocês se conheceram
tipo... Internet?
Lentamente contamos nossa história pra Ju, que
amou, ficou como ela mesma disse chocada e gozada, Ju nos olhava com um belo
olhar de carinho, realmente nos achava o casal mais fofo do mundo. Aos poucos
começou a falar de Victor. Ele era seu primo, tinha 19 anos, sempre quis ser
médico, mas, nunca se esforçou pra isso, tem péssimas amizades como o tal de
Paulo Ribas, o problema é que ele saiu de casa na quarta de manhã, faltou à
aula de cursinho, e foi pro Cumbuco, praia aqui por perto, não avisou nem ligou
o celular. A namorada pervertida e vadia
dele que por acaso estudava com Ju, ficou louca e ligou o tempo todo pra Ju, que
á odeia. Aliás, Ju estudava na mesma escola que eu iria começar a estudar em
uma semana, que bom, eu poderia pedir pra ficar na sala dela, assim, já terei
com quem falar.
Já era quase 11
horas quando decidimos subir, Ju realmente adorava falar, bem que ela desceu no
quarto andar:
- Vocês transam muito?- disse enquanto a porta do elevador
fechava. Olhei pra Gean indignadamente louco pra rir tão lentamente que a porta
fechou.
Ju se virou pegou a
chave e abriu a porta:
- Oi Amanda!
- Que é heim? Não me enche Julianne.
Ju tristemente
seguiu até o fim do corredor, abriu a porta, viu seu quarto perfeitamente rosa
e arrumado, fechou a porta, viu que o seu melhor amigo Ruan havia mandado algum
depoimento:
“Ei, nem te vi ontem na aula, desculpa, fiquei estudando,
vou tentar o vestibular no meio do ano, quem sabe eu passe. Saudades, beijo
minha linda.”
Fechou o computador
e dormiu.
27 de novembro
3: 12
- Oi Amanda.
- Oi amor. Ei Ju a mamãe ligou viu. Disse que ia dar tudo
certo e que você devia ajudar o Bob. Aliás, ele é seu melhor amigo.
- Tá. – Ju sorriu e foi pro seu quarto. Enquanto a irmã
ficou na sala vendo TV.
- Diz pro Bob que se ele precisar de qualquer coisa eu to
aqui. Chama ele pra dormir aqui. O Victor deve tá chegando, o vôo chega 4 horas
né?!
- É!
Ju tristemente seguiu até o fim do corredor, abriu a
porta, viu seu quarto perfeitamente rosa e arrumado, fechou a porta, viu que o
seu ex- melhor amigo, Ruan havia mandado algum depoimento:
“Desculpa”
“Eu acho que te amo”
“Perdoa-me”
Fechou o computador e pegou o celular:
- Qual seu plano? – Ju já sabia a resposta.
Seis
de março
8:
30
- Por que você acha que eu gosto de você?
- Sei lá!
- Eu não gosto de você.
- Bom saber. – fui irônico.
- Por quê?
- Porque eu também não... Gosto de você.
- Nem sei por que eu tô falando com você.
- Por causa dela.
David olhava o lago
e nem tentava me encarar:
- Eu nem sei o que tá acontecendo comigo. Eu virei um
monstro, eu bati nela cara. A Dani é a pessoa que eu mais amo na vida, ela me
entende me respeita, eu nunca tentei fazer isso com ela.
- Ela te ama.
- Eu não quero que ela fique com você.
- Eu sou gay.
- Ela não entende isso cara.
- Não vai rolar nada.
- Eu sei. Mas, ela vai ficar de coração partido cara.
- Eu nem sei o que dizer...
- É melhor eu ir embora. Desculpa Bob.
- Sem problemas.
Eu realmente achei
que depois daquele dia ele nunca mais iria aparecer na minha vida, mas, parece
que quando ele me viu com o Gean aquele sentimento de ódio voltou, sei lá,
David voltou a ser um louco. Ele entrou no carro, ficou me olhando voltar pra
casa, saiu.
- O que ele queria?
- Pedir desculpas.
- Que bom. Chega de problemas.
- Ele pareceu bem mudado.
- Sei lá, muito pouco tempo pra mudar meu filho.
- Pode ser. Eu prefiro acreditar nele.
14 de março
18: 35
Vovó estava em casa,
todos decidimos ficar lá naqueles dias, desde sexta eu e mamãe estávamos
hospedados lá, vovó pareceu cada dia mais triste, calam, calada, cansada,
doente e morta. Na madrugada de segunda ela partiu, tia Sarah acordou mamãe
chorando:
- Ela não tá respirando Sophie, me ajuda, ela não está
respirando.
Vovó morreu
enquanto dormia, estava extremamente serena, isso me acalmou, mas era muito
estranho ter alguém morto em casa, Marcondes chegou logo, não havia o que ser
feito. Vovó já havia cumprido sua missão aqui na Terra e tava na hora da gente
começar a seguir a nossa também.
27 de março á quatro de abril
Arrumamos a casa,
tudo parecia funcionar agora, Gean foi me visitar três vezes naquela semana,
não pôde dormir porque estava trabalhando com o pai:
- Sabe! Fomos tirar um foto pro jornal e eu falei com ele,
eu pedi desculpas, ele também, eu fui à minha antiga casa, mamãe e eu choramos
vendo fitas velhas, eu me chamou pra voltar a trabalhar no escritório, você me
inspira Hael.
- Own. Que bom, que maravilhoso G, eu tô muito feliz por
você.
- Sabe, eu já falei com o Pedro e ele achou massa você
dormir no nosso apartamento quando você quiser.
- Claro, quando a mamãe tiver menos aperreada eu peço.
- Qualquer coisa, tem um chave lá reserva no armário de
limpeza.
Numa noite eu esperava o elevador, depois de chegar da
academia, comecei a malhar pra ficar gostoso pro Gean, enfim, Victor o primo da
Ju apareceu:
- Oi.
- Oi. – respondi envergonhado.
- A Ju me falou de você.
- Você é meu vizinho do lado.
- Sério?
- Hurrun.
Victor segurava um
capacete vermelho, que o deixava mais sexy ainda.
- Eu estudo na escola dela, na sua também, é massa lá. Não
sei se tem outros gays, mas... – ele disse suavemente, sem me zoar.
- Eu tenho... Namorado.
- Ah, ela tinha me dito.
- Pois é.
- Desculpa.
- Sem problema.
- Eu também namoro.
- Massa.
- Mas, é uma menina, ela também estuda na sua escola, nos
temos uns probleminhas, mas ela gosta de mim.
- E você?
- Eu o quê?
- Gosta dela?
Chegamos no 13º
andar, saímos, ele foi comigo até minha porta:
- Importa?
- Claro. Eu só tou com o Gean porque nos gostamos, eu
gosto dele e ele de mim.
- É difícil.
- Por quê?
- A Ju me disse que tem muita menina atrás de você.
- Isso não significa nada.
- Enfim... Não é legal nós discutirmos isso.
- Também acho. Victor Natanael.
- Bob Hael.
- Valeu cara, boa noite, vizinho.
- Boa noite.
Quando cheguei ao
meu quarto finalmente vi a janela aberta, era o quarto dele, pelo que vi bem
normal, bem homem, ele havia me deixado meio sem graça, ele é muito lindo, mas
era meio arriscado, não podia deixar o Gean por algo arriscado. Alias, eu não
podia deixar o Gean:
- Ei Bob.
- Oi.
- Foi bom te conhecer.
Ele era muito
conquistador, não tinha jeito ou cara de gay,
mas... Frases como essa me davam esperanças.
- Boa noite Hael, durma com os anjos.
Falei com mamãe
sobre isso ela achou isso perigoso, tinha medo do Victor ser hétero é me
humilhar caso eu falasse sobre isso com ele. Talvez ela estivesse certa.
No fim de semana tia Sarah foi embora, arrumou
suas malas, chorando e bebendo vinho, Gean trouxe uma bela lasanha que comemos
rindo e chorando na sala. Fomos ao aeroporto. Mamãe
ainda se lembrava da cidade, do tempo que morou lá durante a faculdade de Direito.
- Cuida da sua mãe viu! Qualquer coisa que
acontecer você me avisa. Qualquer coisa...
Na volta
Gean dirigiu o carro mamãe estava meio sem forças, subimos e passamos o fim da
tarde vendo filmes de drama, Gean me abraçava o tempo todo, fomos a piscina,
dessa vez havia uma galera por lá, eu não me importava, eu estava com ele, ele
me lembrava as musicas da Cássia Eller, sei lá, All Star, Por Enquanto um
monte, era perfeito, pena que nada dura pra sempre...
27 de novembro
3: 15
Estávamos numa loja
de conveniência de um posto de gasolina na saída da cidade, Gean botava
gasolina no Siena prata novinho que
havia ganhado do pai, Ju havia me ligado, nem eu sabia qual o plano, mas eu
sempre me dava bem no improviso:
- Falou com ela?
- Consegui sim.
- Podemos ir?
- Claro, só preciso de um minuto.
Eu sabia que assim
que nos afastarmos um pouco da cidade, o celular ficaria sem linha, olhei o
movimento na rodovia vazia, tudo na frente do lado e atrás do posto era grama e
escuridão. Procurei na lista de contatos, liguei:
Liguei pra ela:
- Tia?
- Oi Bob.
- É que...
- Diga...
- Tia...
Senti uma respiração.
- Fala logo Bob Hael...
- A mamãe morreu...
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