19 de março de 2011

sete


26 de março
11: 34
Depois de horas no carro, finalmente chegamos, mamãe não se deu bem de primeira com aquela imensidão de carros em rodovias grandes e rodeadas por prédios, eu estava na cidade grande. Seguimos o caminhão da mudança até nossa nova casa, na verdade prédio. Era bem alto, e bem na esquina, e uma bela rua, cheia de árvores e casa que eu achei muito chiques. Edifício Romênia, número 1407, tinhas duas árvores na sua frente sem flores. Ficamos encostados no carro enquanto mamãe acertava tudo com os caras lá da mudança.
 Gean ficou olhando o lugar, mostrou a direção a se seguir pra sua casa, esquerda subindo até uma avenida chamada 13 de maio. Disse que o ônibus a se pegar seria o 29, chamado náutico, interessante, fingi entender tudo. Mamãe voltou, tia Sarah tentava tirar sua enorme mala do pequeno porta-malas, pena ela não ter ficado mais tempo com o outro, carro alugado é assim mesmo né?!
- Gostei da árvore! - disse tia Sarah.
- Eu também!
- Rosa tá no auge.
- Hehehe.                           
 O porteiro, chamado Pedro e o sindico, Seu Antônio, nos guiaram até o elevador, Seu Pedro ajudou os homens da mudança, Gean também coordenou, eu e tia Sarah preferimos falar sobre o corpo perfeito de um dos caras da mudança e do tamanho perfeito do braço, coxa, bunda e lábios do Gean. Havia dois elevadores na sala de vidro, pela janela se via a piscina e algo parecido com um grande banheiro, a sala cheia de revistas jogadas organizadamente sobre os três sofás beges, era ventilada, o frio ajudava claro.
 A cidade era mais quente, Fortaleza era bem diferente de Guaramiranga, que obvio, principalmente pelo clima, como dois lugares tão “perto” podem ser tão distintos, enfim, o frio e as chuvas de Guará pareciam desaparecer atrás das imensidões de concreto e a poluição exacerbada. Saímos do elevador, um corredor branco, com plantas e janelas que se podiam ver todos os lados, tudo que havia em volta do Romênia. Entramos no apartamento, era uma caixa de fósforos no lado da chácara, mas, era grande, já havia alguns móveis, mas, eles desapareceram debaixo das caixas, em algum tempo toda a casa havia sumido, tudo estava desorganizado, parecia que seria pra sempre.
- Vamos começar rapazes.
 Aos poucos tudo deu certo, claro que naquele dia nem tudo foi pro seu lagar, mas demos uma boa adiantada, no fim da tarde mamãe pediu uma pizza, Gean ficou lá naquela noite, podemos conversar sobre essa nova fase no meu “quarto” bagunçado em cima do colchão:
- Eu conheço uma amiga que trata esse tipo de doença da sua mãe.
- Ela já tem um médico, o doutor Óto, ele já é nosso médico desde... Sempre, ele foi o médico do vovô, e foi meu médico quando eu tive poliomielite, acho que mamãe não queria deixá-lo agora.
- Com certeza, mas, ele pode não atender esse tipo de problema.
- Relaxa, ele faz isso sim, eles já conversaram e o plano de saúde cobre isso.
- Que bom.
- Você tá sujo de mostarda no seu lindo furinho do queixo.
- Hummmm... Tira ai bebê. – me inclinei e passei o dedo. Ele me beijou.
- Eu gosto tanto de você seu idiota.
- Olha, eu não sou idiota.
- Você é.
- Por que Sr. Hael?
- Porque você sai daqui, um lugar cheio de gente bonita, sexy, sei lá o quê mais... Foi pra uma cidade pequena passear, milhares de meninas deram em cima de você.
- Eu estava com você...
- É. Mas, porque eu?
- Hummmm...
- Porque você me escolheu?
- Primeiro talvez aqui não tenha tanta gente interessante como você, você é bonito sim, gosto do seu corpo, sua boca é linda, você tem um bom papo, é seguro, pelo menos às vezes, tá passando por uma fase ruim, normal, logo passa, mas você faz isso de um jeito que é lindo, é lindo ver você viver Bob Hael, eu queria ser assim como você sabe. Na sua idade eu era um idiota, era apaixonado por uma garota medíocre, que só pensava em grana, eu também era assim, só queria gastar a riqueza do meu pai, eu sou filho único, tudo sempre foi meu, eu só não soube usar aquilo de uma forma melhor, meus pais continuam ricos, eu não falo com meu pai há três anos, minha mãe trai ele com o massagista, me dá uma boa mesada até hoje, e nem sei se isso é viver. Bob eu sempre quis viver de boa, ser feliz, feliz mesmo. A chácara é o lugar perfeito, você soube usá-la perfeitamente, lá era seguro aqui não, você vai aprender que aqui nem tudo é como a gente quer. Eu tive que fazer escolha que eu nem queria...
- Tipo eu?
- Não, você talvez foi a minha melhor escolha.
- Valeu...
- Eu posso tá perdendo muito coisa, mas eu n ao me importo, pelo menos enquanto você tiver comigo eu vou estar bem...
- Eu não pretendo deixar...
- Mas você vai... – Gean nunca havia me olhado daquele, um olhar serio aquilo me assustou.
- O que tão horrível você esconde?
- Hehe...
- Isso não foi uma resposta.
- Eu quero você. É por isso que eu te escolhi. Vamos descer? – disse pegando no meu cabelo e beijando minha testa.
- Pra onde?
- Quando eu era adolescente eu ficava com as garotas na piscina do prédio.
- Eu não precisava ouvir isso.
 Ele riu, saímos do quarto, mamãe estava no quarto rindo sobre algum acontecimento ridiculamente engraçado de tia Sarah com algum gringo. Mamãe me ouviueu abrir a porta:
- Vão pra onde queridos? – ela estava pela voz nitidamente bêbada pelo vinho caro que Sarah trouxe de Portugal.
- Vamos à piscina voltamos já.
- Ok.
 Esperamos o elevador, vi que na casa vizinha a porta estava meio aberta, aliás, um dos quartos da casa era de frente pro meu, mas não vi ninguém. Achei até que não havia moradores, mas acho que tem sim. Chegou. Pude beijar Gean no elevador. Chegamos ao térreo, fomos em direção a piscina o porteiro nos olhava:
- Como é o nome dele mesmo? – perguntou G baixinho.
- Pedro eu acho.
- O Pedro viu a gente se beijar sabia?!
- Como?- tenso.
- O elevador tinha câmeras.
- Meu Deus! Tu não me disseste nada seu louco. A mamãe vai me matar.
- No prédio o porteiro sai cinco horas dia de sexta.
 No fim acabamos rindo disso chegamos à piscina o lugar era lindo, o chão vermelho, as cadeiras, pinturas na murada, uma portinha, a piscina devias ser duas vezes maior que a da chácara. Deitamo-nos na ultimas cadeiras lugar bem escondido e escuro, uma menina chegou falava no celular, gritava, aliás, “Seu louco”, ela era extremamente linda e adorável, l “Eu vou te matar Victor”,” Vá pra merda você, seu idiota”, “ Você bebeu?”, tentei não ouvir mais a conversa, Gean tentava meu beijar, mas eu estava extremamente envergonhado, ele nem nos via. Um cara chegou, alto, meio loiro, cara de sério, parecia chateado, mas... Ele era o cara mais lindo do mundo, Gean infelizmente havia perdido seu posto naquele momento, o cara era arrasador, tinha um corpo perfeito, braços fortes, apertadinhos numa gola pólo pretos. Fiquei paralisado. Gean percebeu minha face boba, eu não tirava os olhos dele e da discussão no deque:
- Victor você tava onde?
- Não interessa.
- Você é louco cara, seu idiota, sabia que todos estavam preocupados, aquela chata da Jéssica ligou uma 12 vezes na ultima hora, eu to de saco cheio disso, sua mãe já sabe disso. Seu pai tá dormindo, sai de lá a pouco, pobrezinho. Cê devia ajudar e não piorar as coisas.
- Desculpa tá?! Julianne não me enche viu.
- Eu to cheia.
- Sua mãe já disse que não vai mais pagar a faculdade particular. Acabou moleque, ou você estuda ou você... Sei lá o que será você.
- Caralhooooo.
- Eu quis te ajudar, mas a suas companhias né. Reforçam minhas teses.
- Você tá louca. – o cara, Victor saiu, foi pra sala, esperar o elevador, a menina ficou lá, sem ação, calada, triste.
- Vai tomar banho que você tá com cheiro de vodka.
 Gean me olhou:
- Bem vindo a Fortaleza. – ele é muito fofo. Dei um risinho.
 A menina se virou e nos viu meio envergonhada ela falou:
- Gente desculpa.
- Sem problemas. – Gean falou.
 Ela se aproximou:
- Ele é um bom garoto, mas... Mudou tanto.
- Normal, é a idade.
- Vocês são namorados?
- Hurrun...
- Que lindo. Vocês são meu primeiro casal gay preferido. – ela era cativante, viva. – Eu sou a Ju.
- Eu sou o Gean.
- Bob.
- Vocês moram aqui? Tipo casados? Cê é tão novo B! Nada contra, minha mãe me teve com 18 anos e minha irmã transa desde os 13 anos, ela é meio safada, mas eu sou meio normal. – não ela normal, definitivamente não, Ju falou tudo isso em uns 15 segundos, eu me perdi na segunda pergunta.
- Não. – Gean quase rindo. – Ele mora, eu não.
- Novo aqui né?
- Cheguei hoje. Vim de Guaramiranga. – eu falei.
- Que massa. Você também Gean? Tenho a impressão de já ter te visto.
- Eu moro aqui mesmo. Pode ser. Às vezes eu saio no jornal com meu pai e minha mãe. – Vocês se conheceram tipo... Internet?
 Lentamente contamos nossa história pra Ju, que amou, ficou como ela mesma disse chocada e gozada, Ju nos olhava com um belo olhar de carinho, realmente nos achava o casal mais fofo do mundo. Aos poucos começou a falar de Victor. Ele era seu primo, tinha 19 anos, sempre quis ser médico, mas, nunca se esforçou pra isso, tem péssimas amizades como o tal de Paulo Ribas, o problema é que ele saiu de casa na quarta de manhã, faltou à aula de cursinho, e foi pro Cumbuco, praia aqui por perto, não avisou nem ligou o celular.  A namorada pervertida e vadia dele que por acaso estudava com Ju, ficou louca e ligou o tempo todo pra Ju, que á odeia. Aliás, Ju estudava na mesma escola que eu iria começar a estudar em uma semana, que bom, eu poderia pedir pra ficar na sala dela, assim, já terei com quem falar.
 Já era quase 11 horas quando decidimos subir, Ju realmente adorava falar, bem que ela desceu no quarto andar:
- Vocês transam muito?- disse enquanto a porta do elevador fechava. Olhei pra Gean indignadamente louco pra rir tão lentamente que a porta fechou.
 Ju se virou pegou a chave e abriu a porta:
- Oi Amanda!
- Que é heim? Não me enche Julianne.
 Ju tristemente seguiu até o fim do corredor, abriu a porta, viu seu quarto perfeitamente rosa e arrumado, fechou a porta, viu que o seu melhor amigo Ruan havia mandado algum depoimento:
“Ei, nem te vi ontem na aula, desculpa, fiquei estudando, vou tentar o vestibular no meio do ano, quem sabe eu passe. Saudades, beijo minha linda.”
 Fechou o computador e dormiu.
27 de novembro
3: 12
- Oi Amanda.
- Oi amor. Ei Ju a mamãe ligou viu. Disse que ia dar tudo certo e que você devia ajudar o Bob. Aliás, ele é seu melhor amigo.
- Tá. – Ju sorriu e foi pro seu quarto. Enquanto a irmã ficou na sala vendo TV.
- Diz pro Bob que se ele precisar de qualquer coisa eu to aqui. Chama ele pra dormir aqui. O Victor deve tá chegando, o vôo chega 4 horas né?!
- É!
Ju tristemente seguiu até o fim do corredor, abriu a porta, viu seu quarto perfeitamente rosa e arrumado, fechou a porta, viu que o seu ex- melhor amigo, Ruan havia mandado algum depoimento:
“Desculpa”
“Eu acho que te amo”
“Perdoa-me”
Fechou o computador e pegou o celular:
- Qual seu plano? – Ju já sabia a resposta.
Seis de março
8: 30
- Por que você acha que eu gosto de você?
- Sei lá!
- Eu não gosto de você.
- Bom saber. – fui irônico.
- Por quê?
- Porque eu também não... Gosto de você.
- Nem sei por que eu tô falando com você.
- Por causa dela.
 David olhava o lago e nem tentava me encarar:
- Eu nem sei o que tá acontecendo comigo. Eu virei um monstro, eu bati nela cara. A Dani é a pessoa que eu mais amo na vida, ela me entende me respeita, eu nunca tentei fazer isso com ela.
- Ela te ama.
- Eu não quero que ela fique com você.
- Eu sou gay.
- Ela não entende isso cara.
- Não vai rolar nada.
- Eu sei. Mas, ela vai ficar de coração partido cara.
- Eu nem sei o que dizer...
- É melhor eu ir embora. Desculpa Bob.
- Sem problemas.
 Eu realmente achei que depois daquele dia ele nunca mais iria aparecer na minha vida, mas, parece que quando ele me viu com o Gean aquele sentimento de ódio voltou, sei lá, David voltou a ser um louco. Ele entrou no carro, ficou me olhando voltar pra casa, saiu.
- O que ele queria?
- Pedir desculpas.
- Que bom. Chega de problemas.
- Ele pareceu bem mudado.
- Sei lá, muito pouco tempo pra mudar meu filho.
- Pode ser. Eu prefiro acreditar nele.
14 de março
18: 35
 Vovó estava em casa, todos decidimos ficar lá naqueles dias, desde sexta eu e mamãe estávamos hospedados lá, vovó pareceu cada dia mais triste, calam, calada, cansada, doente e morta. Na madrugada de segunda ela partiu, tia Sarah acordou mamãe chorando:
- Ela não tá respirando Sophie, me ajuda, ela não está respirando.
 Vovó morreu enquanto dormia, estava extremamente serena, isso me acalmou, mas era muito estranho ter alguém morto em casa, Marcondes chegou logo, não havia o que ser feito. Vovó já havia cumprido sua missão aqui na Terra e tava na hora da gente começar a seguir a nossa também.
27 de março á quatro de abril
 Arrumamos a casa, tudo parecia funcionar agora, Gean foi me visitar três vezes naquela semana, não pôde dormir porque estava trabalhando com o pai:
- Sabe! Fomos tirar um foto pro jornal e eu falei com ele, eu pedi desculpas, ele também, eu fui à minha antiga casa, mamãe e eu choramos vendo fitas velhas, eu me chamou pra voltar a trabalhar no escritório, você me inspira Hael.
- Own. Que bom, que maravilhoso G, eu tô muito feliz por você.
- Sabe, eu já falei com o Pedro e ele achou massa você dormir no nosso apartamento quando você quiser.
- Claro, quando a mamãe tiver menos aperreada eu peço.
- Qualquer coisa, tem um chave lá reserva no armário de limpeza.
Numa noite eu esperava o elevador, depois de chegar da academia, comecei a malhar pra ficar gostoso pro Gean, enfim, Victor o primo da Ju apareceu:
- Oi.
- Oi. – respondi envergonhado.
- A Ju me falou de você.
- Você é meu vizinho do lado.
- Sério?
- Hurrun.
 Victor segurava um capacete vermelho, que o deixava mais sexy ainda.
- Eu estudo na escola dela, na sua também, é massa lá. Não sei se tem outros gays, mas... – ele disse suavemente, sem me zoar.
- Eu tenho... Namorado.
- Ah, ela tinha me dito.
- Pois é.
- Desculpa.
- Sem problema.
- Eu também namoro.
- Massa.
- Mas, é uma menina, ela também estuda na sua escola, nos temos uns probleminhas, mas ela gosta de mim.
- E você?
- Eu o quê?
- Gosta dela?
 Chegamos no 13º andar, saímos, ele foi comigo até minha porta:
- Importa?
- Claro. Eu só tou com o Gean porque nos gostamos, eu gosto dele e ele de mim.
- É difícil.
- Por quê?
- A Ju me disse que tem muita menina atrás de você.
- Isso não significa nada.
- Enfim... Não é legal nós discutirmos isso.
- Também acho. Victor Natanael.
- Bob Hael.
- Valeu cara, boa noite, vizinho.
- Boa noite.
 Quando cheguei ao meu quarto finalmente vi a janela aberta, era o quarto dele, pelo que vi bem normal, bem homem, ele havia me deixado meio sem graça, ele é muito lindo, mas era meio arriscado, não podia deixar o Gean por algo arriscado. Alias, eu não podia deixar o Gean:
- Ei Bob.
- Oi.
- Foi bom te conhecer.
 Ele era muito conquistador, não tinha jeito ou cara de gay, mas... Frases como essa me davam esperanças.
- Boa noite Hael, durma com os anjos.
  Falei com mamãe sobre isso ela achou isso perigoso, tinha medo do Victor ser hétero é me humilhar caso eu falasse sobre isso com ele. Talvez ela estivesse certa.
 No fim de semana tia Sarah foi embora, arrumou suas malas, chorando e bebendo vinho, Gean trouxe uma bela lasanha que comemos rindo e chorando na sala. Fomos ao aeroporto. Mamãe ainda se lembrava da cidade, do tempo que morou lá durante a faculdade de Direito.
 - Cuida da sua mãe viu! Qualquer coisa que acontecer você me avisa. Qualquer coisa...
 Na volta Gean dirigiu o carro mamãe estava meio sem forças, subimos e passamos o fim da tarde vendo filmes de drama, Gean me abraçava o tempo todo, fomos a piscina, dessa vez havia uma galera por lá, eu não me importava, eu estava com ele, ele me lembrava as musicas da Cássia Eller, sei lá, All Star, Por Enquanto um monte, era perfeito, pena que nada dura pra sempre...
27 de novembro
3: 15
 Estávamos numa loja de conveniência de um posto de gasolina na saída da cidade, Gean botava gasolina no Siena prata novinho que havia ganhado do pai, Ju havia me ligado, nem eu sabia qual o plano, mas eu sempre me dava bem no improviso:
- Falou com ela?
- Consegui sim.
- Podemos ir?
- Claro, só preciso de um minuto.
 Eu sabia que assim que nos afastarmos um pouco da cidade, o celular ficaria sem linha, olhei o movimento na rodovia vazia, tudo na frente do lado e atrás do posto era grama e escuridão. Procurei na lista de contatos, liguei:
Liguei pra ela:
- Tia?
- Oi Bob.
- É que...
- Diga...
- Tia...
 Senti uma respiração.
- Fala logo Bob Hael...
- A mamãe morreu...

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